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Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): os AINEs como a indometacina e o ácido acetilsalicílico, podem diminuir a ação da furosemida. Como consequência ocorre redução do seu efeito diurético, natriurético e anti-hipertensor, e ainda pode provocar insuficiência renal numa situação de hipovolemia           .

Fármacos ototóxicos: a furosemida pode intensificar a ototoxicidade de certos fármacos, como por exemplo da cisplatina, de antibióticos aminoglicosídeos (canamicina, gentamicina e tobramicina) ou da vancomicina, principalmente em doentes com disfunção renal. Dado que podem correr danos irreversíveis, estes fármacos devem apenas ser utilizados concomitantemente com a furosemida se existirem razões clínicas fortes que o justifiquem           . 

Fármacos nefrotóxicos: o efeito nefrotóxico de alguns medicamentos, como por exemplo as cefalosporinas, as polimixinas, os aminoglicosídeos e os AINEs, pode ser potenciado pela furosemida           .

[1] Carone, L., Oxberry, S. G., Twycross, R., et al. (2016). Furosemide. Journal of pain and symptom management, 52(1), 144-150. 

[2] Resumo das características do medicamento - Lasix 20 mg/2 ml solução injetável. Aprovado em 21/01/2016 pelo INFARMED

[3] Resumo das características do medicamento - Lasix 40 mg comprimidos. Aprovado em 21/01/2016 pelo INFARMED

[4] Warden, C., Burgess, J. L. Furosemide. Disponível em: http://www.inchem.org/documents/pims/pharm/pim240.htm. acedido a 17/04/2017.

[5] Prontuário terapêutico online. 3. Aparelho cardiovascular, 3.4. Anti-hipertensores, 3.4.1. Diuréticos, 3.4.1.2. Diuréticos da ansa. Disponível em: http://app10.infarmed.pt/prontuario/framepesactivos.php?palavra=furosemida&x=0&y=0&rb1=0, acedido a 10/04/2017.

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Colestiramina e colestipol: a biodisponibilidade da furosemida  pode ficar diminuída com o uso de estes fármacos em simultâneo      .

Glicosídeos cardiotónicos: o tratamento conjunto de furosemida e glicosídeos cardiotónicos deve ter em consideração que o défice de potássio induzido pela furosemida pode aumentar a sensibilidade do miocárdio a estes fármacos, de que é exemplo a digoxina. Visto isto, os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados     .     

Fibratos: os níveis séricos de derivados do ácido fíbrico, como por exemplo o clofibrato e o fenofibrato, podem estar aumentados durante a administração concomitante com furosemida, particularmente em caso de hipoalbuminemia. Por isso, deve monitorizar-se o aumento do seu efeito/toxicidade      .

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Fármacos que prolonguem o intervalo QT: as alterações eletrolíticas, como a hipocalemia e a hipomagnesemia, causadas pela furosemida podem aumentar o risco de arritmias cardíacas e morte com fármacos conhecidos por prolongarem o intervalo QT, como por exemplo, citalopram e metadona   .

Risperidona: a utilização concomitante de furosemida e risperidona está associada a um maior risco de morte em doentes idosos com demência. No entanto, o motivo ainda não é claro   .

 

Probenecida e metotrexato: estes fármacos sofrem secreção tubular renal significativa, tal como a furosemida, pelo que podem reduzir o efeito desta. A furosemida, por sua vez, pode diminuir a eliminação renal destes fármacos na presença de hipovolemia   .

Interações

Anti-hipertensores:  o efeito hipotensor da furosemida vai ser potencializado com o uso de outros anti-hipertensores em simultâneo.  Assim, aconselha-se diminuir a dose ou interromper a administração de furosemida, durante os três dias anteriores ao início do tratamento com um Inibidor da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) ou um Antagonista do Recetor da Angiotensina II (ARA). Os doentes a quem sejam administrados diuréticos concomitantemente com estes fármacos podem sofrer hipotensão e deterioração da função renal, podendo levar a insuficiência renal, principalmente da administração pela primeira vez          .

Antidiabéticos: pode ocorrer uma menor tolerância à glicose, uma vez que a furosemida pode diminuir a ação deste tipo de fármacos, de que é exemplo a metformina       .

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Cisplatina: pode ocorrer efeito citotóxico no caso de administração simultânea de cisplatina e furosemida. Além disso, o potencial nefrotóxico da cisplatina pode estar aumentado caso a furosemida não seja administrada em doses baixas e com equilíbrio hídrico positivo   .

 

Salicilatos: em casos de excreção renal diminuída ou uma função renal alterada, a administração de doses elevadas de salicilatos em simultâneo com furosemida pode predispor para uma maior toxicidade salicílica, devido à alteração da excreção dos fármacos   .

Corticosteroides: a associação com glucocorticoides, deve ter em conta a hipocalemia provocada por estes fármacos e o seu agravamento aquando do uso de laxantes. A combinação só deve mesmo usar-se no caso de indicação vital, uma vez que as alterações na audição poderem ser irreversíveis           .

Estas são as interações principais com a furosemida. Contudo, estão descritas muitas outras, nomeadamente com antiepiléticos (como fenobarbital, fenitoína), hidrato de cloral, bloqueadores adrenérgicos periféricos, bloqueadores ganglionaressuccinilcolina, sucralfato, tubocurarina, lítio e teofilina           . 

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